domingo, 15 de setembro de 2013

A MÍDIA E A AÇÃO PENAL 470 - MORTES EM VIDA

A morte de Gushiken na última sexta-feira, dia 13, me fez refletir sobre esse acontecimento. Sim, a morte é um acontecimento. Por mais que muitos tenham medo, dúvidas ou até uma certa obsessão em relação a esse tema, não há como deixar de pensar que ela é a única certeza que temos na vida. Há alguns anos passei a lidar mais diretamente com ela. Meu pai faleceu em outubro de 2010 e minha mãe em agosto do ano passado. Fui eu que tive que cuidar de todas as providências e isso me deu uma certa dureza para enfrentar o inevitável. Alguns anos antes convivi com o desespero de minha filha que deu a luz um menino que nasceu com apenas seis meses e morreu uma semana depois de nascido. Presenciar a cena de minha filha e meu genro chorando com aquele pequeno ser dentro de um caixãozinho foi uma dor imensa. Mas tudo se supera nessa vida. Queiramos ou não, a morte é a nossa companheira. Todos iremos morrer e disso não temos como escapar. Nosso corpo não dura para sempre e vai se degenerar em algum momento. Mas, há mortes e mortes... A morte física, essa é irremediável. Mas, temos as mortes em vida. Temos os assassinatos morais. É possível sim abreviar a vida de alguém imputando a essa pessoa sofrimentos morais e emocionais, tornando sua vida insuportável criando mentiras, intrigas, fofocas e terrorismos de toda ordem que irão limitando e minando sua capacidade de ação. Para mim essa é a mais criminosa forma de matar. Há uns 20 anos, quando morava em São Gonçalo no RJ, assisti de perto a história de um marceneiro muito bom e honesto que morava próximo ao bairro que morávamos. Pois bem, a foto desse marceneiro saiu no jornal como se fosse um bandido. Depois de algum tempo se verificou que o bandido era outra pessoa e não ele como tinham veiculado na imprensa. Nem nota de rodapé o jornal fez e a vida desse homem acabou. Perdeu a mulher e hostilizado pela comunidade em que morava teve que se mudar e nunca mais eu soube dele. Conheço empresas que abrigam executivos que desmantelam emocionalmente seus funcionários, praticando assédio moral de forma deliberada e conveniente com suas políticas de produção a qualquer custo. Acabam com a vida de pessoas no local de trabalho e denigrem suas imagens através de vários meios. Conheço comunidades onde integrantes corruptos da polícia matam sem pestanejar qualquer pessoa e usam a mídia para macular e denegrir o morto como bandido a fim de esconder sua insânia e seu crime e mostrar "produtividade" da polícia. E aí voltamos para a mídia, responsável pela destruição do meu colega marceneiro e de tantos por aí. Qual a intenção dos veículos de comunicação quando publicam alguma coisa? Melhorar a sociedade? Tornar a vida das pessoas melhores? Colaborar para um Brasil mais justo e menos desigual? Denunciar os malfeitos? Não!!! Os veículos de mídia querem preservar seus privilégios. Querem conservar seus milhões através da corrupção engendrada por seus parceiros políticos. Para a mídia tudo é permitido! Corrupção, sonegação, desinformação, manipulação, e vai por aí a fora... A mídia é hoje um câncer em nossa sociedade. Não há democracia possível com o poder que ela atingiu de manipular a opinião pública, destruindo pessoas e suas reputações por força de sua necessidade de atingir aqueles que considera seus inimigos ou na ânsia de ajudar seus amigos. Gushiken foi uma vítima que suportou até onde pode o linchamento a que foi submetido, assim como estão sendo linchados e achincalhados Pizzolato, Delúbio, Genoíno e José Dirceu. Não tiveram direito ao que a Constituição prevê: um julgamento isento e justo, que fosse analisado em todas as instâncias do Judiciário de forma a que os recursos e provas de inocência constantes do processo fossem levados em conta. Apenas quatro réus deveriam ter sido julgados pelo STF. Além disso, eles tiveram, assim como Gushiken seus nomes expostos cotidianamente na mídia como "mensaleiros", "ladrões", "corruptos", entre outros adjetivos que lhes foram outorgados e que grassam da boca de jornalistas sem escrúpulos e pessoas insensatas que não se preocupam em se informar corretamente, Mesmo antes do processo chegar aos tribunais, com todas as provas e evidências de inocência que foram demonstradas, os réus já tinham sido considerados culpados e o discurso da culpa já tinha sido assumido pelo STF, e mais, assumido pelo PGR que em conluio com alguns ministros ajudou a esconder provas e manipular documentos e processos relacionados. Quem conhece o processo a fundo sabe disso. Sabe que esse julgamento de exceção foi montado. Sabe que foi dado todo um tratamento diferenciado de modo a mascarar os erros e condenações injustas dando ao julgamento a aparência de algo isento, de forma a captar as vozes dos alienados que anseiam por sangue e punição, sem reflexão, seja a que preço for. A mídia que manda no mercado, envolvida até o pescoço em todas as situações relacionadas a patrocínio no processo, sequer é citada. E foi essa mesma mídia corporativa que matou Gushiken é que vem tentando matar de forma rasteira Pizzolato, Delúbio, Genoíno e José Dirceu. É ela que mata todos que de alguma forma lutam para que os privilégios colonialistas de 500 anos de Brasil acabem. É ela que mata todos que pertençam ou lutem ao lado do povo oprimido e excluído desse país. Seja qual for o resultado do julgamento da AP 470 no STF, essas pessoas já foram julgadas, condenadas e criminalizadas pela mídia. Só a história poderá dar-lhes justiça... Até lá, talvez, elas já tenham morrido de fato. A morte física não perdoa ninguém nem os injustiçados e nem quem os massacrou e puniu. Mas, a história cedo ou tarde chegará à verdade e irá contar os feitos detalhando as infâmias, mentiras e conspirações de hoje. Aí, com certeza, os verdadeiros heróis serão reconhecidos e ninguém mais poderá mentir sobre eles. Gushiken, Pizzolato, Delúbio, Genoíno e José Dirceu são inocentes dos crimes que lhes foram imputados. Não há mais nada o que dizer! Eles já foram assassinados, em vida!

2 comentários:

  1. DIRCEU É UMA VIDA DE LUTAR, MAIS UM CHE GUEVARA BRASILEIRO.

    É do Partido dos Trabalhadores, e sempre foi de combater.
    Patriota dos Lutadores, não admite o Brasil retroceder
    Ao a Ditadura enfrentar, se mostrou valoroso Guerreiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.
    .
    Como Prestes Comandante, na passeata dos cem mil.
    Um incansável caminhante, forjando um melhor Brasil.
    Toda Amazônia pra cuidar, como o Ajuricaba sobranceiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.
    .
    Amado como o Uirapuru, que todo mundo dá atenção.
    É como São Sepê Tiaraju, no organizar nossa libertação.
    Faz toda Nação se animar, mobiliza nosso Brasil inteiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Transbordando de Humanismo, quer a nossa Soberania.
    É Frei Caneca no Heroísmo, é um Tiradentes na cidadania.
    Por Brasil sem fome a mudar, com Lula Mecânico Torneiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Homem da boa Vontade, que Amor ao Próximo expande.
    Um Lutador pela igualdade, um Farrapos do Rio Grande
    Um Cabano de Belém do Para, nosso Nordestino Praieiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    É querido e votado pelo povo, luz de esperança pra nação.
    Representa nosso Brasil Novo, é Bandeira de transformação.
    Com João Candido a reivindicar, um destacado marinheiro
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Um Patriota de Encantos, de uma santa Alma abençoada.
    Heróico como Siqueira Campos, Cunhambebe e Ajuricaba.
    Patriota sulista de todo Lugar, é carioca do Rio de Janeiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Um Admirável organizador, e extraordinário combatente.
    Por Direito, Justiça e Amor, sempre motivado e valente.
    Qual João Cabanas a ganhar, nosso Vencedor Verdadeiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Contra Coronéis e oligarquia, contra Império e Escravidão.
    Contra Ditadura e toda Tirania, contra a infame privatização
    Sempre volta para somar, é como Lourenço e Conselheiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    É Homem da Linha de frente, sempre nele estão mirando.
    A Mídia todo tempo mente, não impede o Brasil mudando.
    Algum golpe fazem acertar, mas segue o Brasil Altaneiro.
    Dirceu é uma vida de lutar, mais um Che Guevara Brasileiro.

    Azuir Filho e Turmas de Amigos de: do Social da Unicamp, Campinas, SP, de Rocha Miranda, Rio de Janeiro, RL e Mosqueiro, Belém, PA.

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