segunda-feira, 16 de julho de 2012

A POLÍTICA NOSSA DE CADA DIA...

Resolvi falar sobre sobre política a partir de um jargão afirmado por muita gente: Política e Religião não se discute! Acho muito interessante essa afirmação. É fácil dizer isso para fugir dos debates e discussões que fazem com que nossa mente trabalhe, pense e reflita. Essa afirmação sempre provoca em mim uma ânsia provocativa. Afinal, a ação política tem em sua essência mil e uma possibilidades que irão de alguma forma provocar mudanças na sociedade. Então por que tantas pessoas usam esse jargão como desculpa para não fazer nada? Por que as pessoas dizem que não gostam de política? A questão bate num princípio maior. É mais fácil criticar quando não participamos do processo. A participação no processo implica conhecer todas as nuances e problemas do mesmo. E nem tudo são flores! As decisões a serem tomadas nem sempre serão as que queremos, mas, as que podem ser tomadas! A realidade não é cor de rosa! Fico vendo pessoas dando opiniões unilaterais e simplistas sobre eleições, partidos, candidatos, sindicatos, dirigentes e penso. O que será que aquela pessoa faria se estivesse no lugar desse que ela critica, conhecendo toda a realidade que ela não conhece? Agiria diferente? Teria alguma coisa a acrescentar? Esses dias, durante uma conversa informal tive um debate com alguns sindicalistas sobre a participação do sindicato na política. Alguns deles me diziam não concordam que o sindicato se envolva com política e que a lei proibe a doação a políticos. De fato, existe a lei 9.096 de setembro de 1995 que regulamenta os partidos políticos que proíbe que os sindicatos e entidades de classe façam doações. O interessante é que essa mesma lei facilita a doação das empresas ao fundo partidário dos partidos. Elas podem participar com  2% do faturamento bruto do declarado à Receita Federal do Brasil no ano anterior à eleição. Ou seja, aqueles que detêm o poder do capital, podem fazer doações e participar da política e nós, do sindicato, somos legalmente proibidos. Só isso já torna a relação Capital X Trabalho na sociedade totalmente desigual. Se eles podem ficar a vontade para patrocinar seus candidatos, por que os trabalhadores não podem? É injusto! Mas, quem disse que a sociedade é justa? Estamos numa sociedade capitalista que converge seus interesses para ela mesma. É por isso que precisamos de uma REFORMA POLÍTICA! Dessa forma, a nós trabalhadores cabe convergir para eleger nas próximas eleições somente trabalhadores e trabalhadoras que estejam comprometidos com as nossas lutas. Não temos o poder do dinheiro, mas, temos o poder do VOTO. Prefeito e vereadores são aqueles que mais próximos estão de nós, de nossas necessidades mais preementes, aqueles que podemos cobrar com mais facilidade e estar com eles mais frequentemente. Vote com consciência e exija na sua cidade que o prefeito faça um Planejamento Participativo. Faça com que seu vereador seja atuante, que visite os bairros não somente em tempo de eleição. Eles agem assim, porque nós deixamos! As obras acontecem próximas das eleições porque durante três anos do mandato do prefeito e/ou vereador, nós também não nos envolvemos. E por que fazemos isso? Para poder reclamar depois! Para criticar, que é sempre mais fácil! Faça diferente nessas eleições! Envolva-se! Ajude a melhorar sua cidade! Não deixe isso por conta somente de seus representantes. Eles não podem tudo e nem conseguem tudo! Mas, com o nosso apoio, nossa participação e fiscalização eles poderão fazer muito mais! Essa é sim, a política que podemos construir no cotidiano. Não precisamos mais da bengala da reclamação nem da chupeta da falação! Vamos à luta! Seja verdadeiramente um cidadão e uma cidadã de sua cidade!

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